top of page

Bem-vindo!

Este website reúne algumas pesquisas e artigos produzidos para estudo próprio em Inteligência Artificial, Lógica e Filosofia da lógica nos últimos anos.

Todos os artigos estão disponíveis para download.  Por favor veja os termos de licenciamento no Rodapé da página.

Márcio Galvão

  • Facebook
  • LinkedIn
  • Instagram
Foto do autor com camisa preta

Sobre a Filosofia da Inteligência Artificial

​A filosofia da inteligência artificial (IA) é um campo interdisciplinar que investiga as implicações conceituais, éticas e ontológicas da criação e uso de sistemas de IA. Algumas questões importantes neste domíno são:

O que é inteligência?

É possível que máquinas desenvolvam inteligência comparável à humana? Importa se uma máquina está realmente pensando, como uma pessoa pensa, ou se está apenas produzindo resultados que aparentam ser fruto do pensamento?

Consciência artificial

É possível que algum dia um computador, manipulando zeros e uns, reproduza a capacidade dos neurônios de criar mentes, com estados mentais (compreensão percepção) e, em última instância, adquira algum correlato artificial da consciência humana? Uma "mente artificial" é uma apenas uma simulação (hipótese da IA fraca) ou se deve ser considerada uma realidade ontológica (hipótese da IA forte)?

Ética e responsabilidade

É possível alinhar as ações da IA com os valores morais humanos? Quem é responsável pelas ações de sistemas autônomos? Como a IA afeta a sociedade, o trabalho e as relações humanas?​

Direitos das máquinas

É possivel atribuir aos sistemas de IA avançados direitos humanos ou status moral? Por exemplo, robôs podem receber cidadania? A IA algum dia poderá votar, adquirir patrimônio ou assinar contratos? 

 

A filosofia nasce do espanto, e prospera na discórdia

Há muitos ​pensadores importantes atuando neste domínio, e como tudo em filosofia, há bons argumentos nos dois lados para todas as questões. Vejamos por exemplo a segunda questão (a possibilidade da IA se tornar consciente):

  • De um lado John Searle diz que "simular não é o mesmo que duplicar", e que sem substrato biológico não pode haver mente ou consciência. Esta mesma posição (a consciência exige algo que a IA não tem) é defendida pelo físico Roger Penrose (ganhador do prêmio Nobel de Física), que entende que os computadores hoje são incapazes de ter inteligência porque são "sistemas determinísticos algorítmicos". Outro simpatizante desta tese é o filósofo Hubert Dreyfus

  • Do outro lado temos David Chalmers, renomado filósofo da mente, que propõe que sistemas de inteligência artificial (IA) avançados poderiam, no futuro, desenvolver uma forma de "consciência funcional" — distinta da humana, mas ainda assim significativa em sua própria perspectiva. Como a consciência emergiu de redes neurais biológicas, ela bem poderia emergir de redes neurais artificiais, sob as condições corretas (ex: memória de trabalho global, loops recursivos, integração de múltiplas modalidades). Essa posição é defendida por cientistas como Yoshua Bengio e engenheiros como Demis Hassabis (CEO da DeepMind), também ganhador do prêmio Nobel. 

A minha posição atual é mais alinhada ao funcionalismo de Chalmers. Se aceitarmos que a consciência é um fenômeno emergente de uma estrutura funcional (como uma rede neural natural ou artificial), então é filosoficamente possível que uma IA venha a ser consciente em algum sentido. No entanto, pelo que sei a consciência como experiência subjetiva ("o que é ser") ainda não tem uma definição operacional clara nem mesmo em humanos, então entendo que ainda não temos ferramentas para concluir este debate.

 

Neste website além de investigar o que a IA pode fazer, desejamos refletir sobre o que a IA deve fazer. Ou seja, estamos particularmente interessados na terceira questão acima - como assegurar um comportamento ético e responsável (compatível com valores morais humanos) nos sistemas de IA.

Ética na Inteligência Artificial

A página Ética na IA promove o encontro entre a Filosofia e a Inteligência Artificial, que se dá no domínio da ética. Lá há referências sobre o "problema do alinhamento de valores", o difícil desafio de construir "algoritmos éticos", o medo da "singularidade", a questão da autoregulação pelas big techs, as dificuldades de governança, o esforço para criar um framework regulatório para a IA no Brasil e no mundo, benefícios da IA e outros temas relacionados.

Há também sugestões de livros relacionados com o uso ético e responsável da IA, com curadoria do autor.

Imagens geradas pelo autor no ChatGPT 4o.

ChatGPT Image 17 de abr. de 2025, 14_10_55.png

Riscos da Inteligência Artificial

A página Riscos da IA reúne conteúdos sobre o problema da discriminação algorítmica, o risco de vieses raciais no policiamento preditivo, as dificuldades na responsabilização (accountability), os riscos para as democracias no Brasil e no mundo por conta de fake news, deep fakes, discursos de ódio e manipulação social impulsionadas por IA, impactos (positivos e negativos) da IA no mercado de trabalho, problemas relacionados com a falta de transparência nos sistema de IA e riscos relacionados com a confiabilidade no uso de sistemas e equipamentos controlados por IA (por exemplo, carros autônomos). Também são estudados os "agentes de IA" (ou agentes de IA autônomos), que têm grande potencial para alavancar produtividade, mas também trazem riscos importantes.

ChatGPT Image 17 de abr. de 2025, 14_17_19.png

Inteligência Artificial e Cybersecurity

A página IA e Cybersecurity compartilha conteúdo sobre a interessante relação da IA com a segurança cibernética, onde há três perspectivas:

- O uso da IA na defesa cibernética.

- O uso da IA em ataques cibernéticos.

- A própria IA (modelos e aplicações baseados em IA) como alvo de ataques adversariais e outros,   

 

ChatGPT Image 17 de abr. de 2025, 14_22_22.png

IA e Privacidade

A página Privacidade discute a relação entre a IA e a privacidade, sob a luz dos marcos regulatórios vigentes na Europa (GDPR) e no Brasil (LGPD).

 

Há também um artigo e alguns tutoriais sobre a implementação da privacidade diferencial.

ChatGPT Image 17 de abr. de 2025, 14_26_01.png

Machine Learning

A página Machine Learning traz artigos sobre Inteligência Artificial e tutoriais introdutórios sobre a criação de modelos de Machine Learning para regressão linear, classificação e clustering.

 

Retornando ao tema da IA Ética e Responsável, são mostrados alguns tutoriais para uso do Fairlearn, uma biblioteca para detecção e mitigação de unfairness (parcialidade, bias) em algoritmos. Há também um tutorial sobre o uso da biblioteca SHAP para explanabilidade de modelos de IA (em favor da maior transparência).

ChatGPT Image 17 de abr. de 2025, 14_29_22.png

Filosofia e Lógica

O foco inicial da IA foi na lógicaQuando o campo da IA surgiu formalmente na década de 1950, os primeiros pesquisadores se inspiraram fortemente na lógica matemática e na ideia de que o raciocínio humano poderia ser modelado como manipulação simbólica de regras formais. Com o tempo, percebeu-se que muitos aspectos da inteligência — como visão, linguagem natural, ou aprendizado — não podiam ser tratados apenas com lógica simbólica, e daí surgiram as abordagens estatísticas e as redes neurais (aprendizado de máquina). A capacidade de inferência lógica, entretando, é muito importante na IA. A página Filosofia e Lógica contém artigos sobre lógicas de primeira ordem, filosofia da lógica E lógica proposicional, filosofia da arte, filosofia da linguagem, filosofia da física, epistemologia e outros.

ChatGPT Image 18 de abr. de 2025, 06_29_59.png
bottom of page